O tempo é essa imensidão que se desdobra pra sempre, em frente, garantindo que todas as possibilidades ocorram, incluindo as que pareciam impossíveis.

Como o Corinthians ganhar a Libertadores.
Pois é amigos, o tempo é o culpado.
Por garantir que nenhuma espera será eterna.
E que toda saga terá seu fim.
Que a graça que nos acompanhava a cada Libertadores, criando cenários propícios e desdobramentos inimagináveis, não poderia durar para sempre.
O Marcelinho perdendo penal e consagrando o goleiro santo rival.
O Geninho gritando “pega-pega”, o lateral esquerdo Roger “pegando-pegando” na canela do D’Alessandro e indo mais cedo pro vestiário.
O Coelho metendo gol contra e a torcida invadindo o campo, arrombando o portão, enquanto a gente olhava perplexo a televisão.

O gol do Vagner Love no centenário, o Tolima eliminando o Ronaldo.
Esses momentos pré-libertadores ganharam imediatamente o tom ocre da nostalgia quando o dia D chegou.
Pra quem torceu contra fica a saudade.
De ver o rival que parecia não ser feito pra Taça.
Pra quem torceu a favor, a certeza de ter vivido uma conquista muito mais saborosa.
Porque afinal, a 1ª vez é uma só, como tudo na vida.
Quando parece que tudo já se conquistou.

P.s.: No jogo da invasão, o juizão era o Carlos Chandía! Sim. Ele mesmo, o juiz amarelado pelo André Luís.
P.s.2: Eventos históricos foram descritos en passant nesse post, em prol do overview do conjunto da saga.
#RIPfutebol #RIPLibertas #RIPTimão
por Henrique “Kike de Quintino” Lederman