Lembrei do Clebão, que tinha uma cabeça gigante, uma cara confusa.
Do Ronaldão, com um cabelo raspado em quadrado.
Do Batata, que era apelidado de Batata.
Até chegar no Odvan.
O zagueiro que originou o termo “zagueiro zagueiro”.

A expressão foi criada pelo Luxa pra descrever – em duas palavras, ou em uma duas vezes – tudo aquilo que o Odvan trazia prum campo de futebol.
Luxemburgo já indicava, ao chamar o zagueiro de zagueiro, que tinha zagueiro falhando em ser zagueiro por aí.
O próprio Mauro Galvão, seu companheiro no título brasileiro de 1997, era quase uma meia jogando lá atrás, cheio de classe.
Até aí tudo bem. Podia ser isso mesmo, um meia fora de posição.

O problema foi quando passamos desses aos zagueiros que, de tão longe da honra de tornarem-se zagueiros zagueiros, foram batizados com nomes compostos.
E tornaram-se zagueiros articuladores de movimentos pela melhora do futebol.
Não que bom senso não seja necessário nos dias de hoje, mas sei lá. Antes não precisava disso.
Saudades.
P.S.: Odvan leva seu nome em singela homenagem feita por sua mãe, Vera Lúcia, ao Rei Roberto Carlos, que deixou como última faixa do disco de 1972 a música “O Divã”.
Linda canção, que diz no refrão:
Essas recordações me matam
Essas recordações me matam
Essas recordações me matam
Por isso eu venho aqui
#RIPfutebol
#RIPzagueirozagueiro
muito bom!
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