Fodam-se os naming rights.
As mazelas do futebol moderno alçaram às principais manchetes as milionárias cifras envolvendo patrocínios aos clubes, campeonatos e até estádios. Quando poderíamos imaginar que o saudoso Palestra Itália, dono dos jardins suspensos mais admirados da era contemporânea, poderiam dar lugar a uma “arena” (um dia criaremos verbetes para essas aberrações) alcunhada por uma empresa de seguros?
Impensável. Como era divertido ver marcas de todos os tamanhos batalhando por um naco de visibilidade nas lindas transmissões do Show do Esporte ou nas respiradas de Galvão entre um gol e outro. Eram essas empresas que sustentavam programas como o Mesa Redonda, entre outras relíquias das quais sentimos uma saudade de doer.
A gente sorri quando escuta um desses nomes. É como se fosse um parente distante que, de repente, bate à porta com um sorriso imenso e os braços abertos. Toda gratidão a esses financiadores do futebol de verdade: Coca-Cola – onipresente nos uniformes – Reiplas, Lousano, Mongeral, Underberg, Kalunga, Renner, Aplub, Agip, Nugget, Magnum, Cecrisa, Freios Varga, Kolynos, Rider, Kadett, Kaiser, “Tintas MC, tudo em tintas para você”, entre tantas outras marcas. Isso, sem contar as gloriosas fornecedoras de material esportivo: Finta, Rainha, CCS, Rhumell, Anddma…
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Talvez o último suspiro folclórico destes tempos tenha ocorrido tardiamente em 2002, quando o Brasiliense mostrou seu fabuloso uniforme ao país inteiro ao chegar na final da Copa do Brasil (perderam pro Corinthians, aquele lendário clube que deu lugar a uma tal “República Popular”).
Saudades.
Site sensacional. Fazia tempo que eu procurava por alguém que compartilhasse do mesmo pensamento que eu tenho em relação ao tanto que o futebol está chato, sem graça, cri cri e cheio de mi mi mi.
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Valeu, meu caro! Apareça sempre e mande ideias também.
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